Cresce o número de aposentados que trabalham para complementar renda

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Aumenta de 48% para 72% percentual dos que não conseguem se manter apenas com o benefício da Previdência.

 

Enquanto o governo estuda novos critérios para a Previdência no país, trabalhadores brasileiros com mais de 60 anos já experimentam na prática uma situação que não se pauta necessariamente por mudanças nessa legislação: a falta de vagas de emprego.

Segundo um levantamento realizado pela VAGAS.com, empresa de soluções tecnológicas para recrutamento e seleção, 72% dos profissionais aposentados ou em idade para se aposentar no Brasil afirmam estar desempregados. Em estudo semelhante de 2012, essa fatia era de 48%.

Dos 2.367 respondentes da pesquisa – com idade média de 62 anos e em sua maioria homens (85%) –, 62% estão aposentados; em 2012, eram 82%. Desse universo dos que já oficialmente se aposentaram, 76% não trabalham mais ou estão sem emprego, condição de 53% há cinco anos.

Um dado importante do estudo é que, dessa base dos que estão fora do mercado, a quase totalidade (99%) diz buscar uma colocação. “Com todo o achatamento da economia, o aumento da inflação ao longo dos anos e a diminuição do poder de compra, 57% desses profissionais buscam um complemento de renda”, justifica Rafael Urbano, especialista em inteligência de negócios da VAGAS.com. Em 2012, 47% tinham essa intenção.

Propostas de emprego

Na contramão desse movimento, as oportunidades de trabalho para esse público minguaram nas empresas. A pesquisa mostra que 17% dos aposentados sem emprego ou que não mais trabalham receberam alguma proposta para voltar ao mercado nos últimos três meses. Em 2012, 36% haviam tido essa oportunidade.

“Dependendo do nível da vaga, as companhias veem essa mão de obra como mais onerosa por ser mais especializada”, afirma Urbano. “As chances de conseguir uma posição são maiores se a função é operacional.”

Dos que estão sem emprego ou não trabalham (76% do total), 43% têm disposição para ficar no mercado por um período de 5 a 10 anos – eram 40% em 2012. Os que planejam de 10 a 15 anos de trabalho somam 17%, ante 8% há cinco anos, enquanto 19% projetam no máximo mais cinco anos de labuta. Outros 19% afirmam que desejam trabalhar até o final da vida e 4% veem um horizonte de mais de 15 anos de atividade profissional.

 

Fonte: Instituto de Longevidade

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