Febre Amarela: Vacinar idosos requer atenção especial

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No Vale do Aço há apenas uma suspeita de caso febre amarela. A investigação está sendo feita pela Superintendência de Saúde

 

Decisão sobre vacinar ou não o idoso deve ser individualizada considerando os riscos e benefícios

 

Com o objetivo de orientar a população sobre a imunização de pessoas com mais de 60 anos contra febre amarela, a Comissão de Vacinação da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) elaborou um documento com perguntas e respostas divulgado no site da instituição.

Presidente da Comissão de Vacinação da SBGG, a geriatra Maisa Kairalla explica que, por se tratar de uma vacina que utiliza o vírus vivo atenuado, é imprescindível que os idosos passem por uma avaliação médica antes de receberem a dose da vacina.

“Após os 60 anos de idade, algumas pessoas apresentam queda das defesas do sistema imune, um processo natural do organismo”, explica a especialista. Ela lembra ainda que alguns idosos usam medicamentos imunossupressores ou apresentam problemas de saúde graves, o que reforça ainda mais a importância de se haver uma avaliação médica prévia.

Idosos podem tomar a vacina contra a febre amarela?

Nos idosos, é maior o risco de reações adversas causadas pela vacina. Os idosos apresentam um envelhecimento natural do sistema imune, chamado imunossenescência, o que acarreta em uma maior incidência de efeitos colaterais. Portanto, recomenda-se maior cautela nesta faixa etária e a decisão sobre vacinar ou não o idoso contra a febre amarela deve ser individualizada, levando em consideração os riscos e benefícios da vacina. Dessa forma, os idosos que residem ou precisarão permanecer por tempo prolongado em áreas de maior risco para a doença, que têm bom estado de saúde e que não apresentem contraindicações à vacina podem ser candidatos a tomarem a vacina.

2 – Quem não pode tomar a vacina contra febre amarela?

Como esta vacina é constituída por vírus vivo atenuado, pacientes com condições que deprimem a imunidade possuem risco substancialmente maior de reações graves. Portanto, pessoas com câncer, doenças do timo, infecção pelo HIV, submetidas a transplante de órgãos ou que tomam medicações imunossupressoras (como quimioterapia ou corticoides em altas doses) não podem tomar esta vacina. Além disso, pessoas com histórico de reações alérgicas graves (anafilaxia) a substâncias presentes na vacina (ovo de galinha e seus derivados, gelatina bovina ou outras) também não podem tomar.

Quais as possíveis reações adversas à vacina da febre amarela?

R – Os efeitos colaterais mais comuns são dor, inchaço e vermelhidão no local de aplicação, que geralmente duram um ou dois dias. Manifestações gerais, como febre, moleza e dores de cabeça e muscular também podem surgir. Embora muito raros, podem acontecer eventos graves: reações alérgicas, doença neurológica (encefalite, meningite, doenças autoimunes com envolvimento do sistema nervoso central e periférico) e doença em órgãos (infecção pelo vírus da vacina causando danos semelhantes aos da doença). Tais eventos, como já citado, ocorrem com frequência maior nos idosos.

Uma dose da vacina durante a vida contra a febre amarela é realmente suficiente?

Sim. Desde 2016, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda apenas uma dose da vacina.

O que devem fazer os idosos que não podem tomar esta vacina?

Aqueles que não podem tomar a vacina devem evitar viagens a locais de maior risco para a doença. Caso a viagem seja inevitável ou o idoso resida em área endêmica, recomenda-se, sempre que possível, o uso de métodos de barreira, como repelentes, roupas longas e telas de proteção contra mosquitos.

Vale do Aço sob controle

Michelle Moreira Egydio, Coordenadora de Imunização da Superintendência Regional de Saúde em Coronel Fabriciano, conversou com a reportagem do Canal AAPI e tranquilizou: “Graças a Deus não há nenhum caso de febre amarela registrado na região do Vale do Aço”, disse. Ela lembrou também “que até o mês de maio haverá maior incidência em função das chuvas, quando aumenta a proliferação do vetor”. A infecção acontece quando uma pessoa que nunca tenha tomado a vacina contra a doença, é picada por um mosquito infectado, o Harmagogus e o Sabethes.

Michele chamou a atenção para o cuidado que o cidadão deve ter na atualização do cartão vacinal. “Nas unidades de saúde há também o cartão espelho, uma cópia arquivada que serve para o monitoramento da situação vacinal, principal nas áreas de abrangência”, explicou.

Mais informações sobre a febre amarela: 2142-3228 – SRS/Coronel Fabriciano.

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