Verão pode nos afetar mental e fisicamente

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Altas temperaturas predispõem à desidratação, desorientação e alterações cognitivas, alteração de pressão e insônia.

Nessa época do ano, a maioria dos brasileiros só pensa em aproveitar a estação para tirar férias e desfrutar do sol intenso, seja nas praias ou no campo. Mas, como tudo na vida tem dois lados, com o verão não seria diferente.

Todos nós sabemos os cuidados básicos e clássicos relativos à exposição à luz solar (como passar protetor solar de duas em duas horas e evitar o horário de exposição ao sol entre as 10h e as 16h) e às altas temperaturas (hidratação oral constante ao longo de todo o dia e de preferência com água de pH alto – alcalino – e sem metal pesado).

Porém, o que ainda não é muito bem compreendido pelas pessoas, é que as altas temperaturas, muito frequentes no verão brasileiro, predispõem à formação de cálculos renais (pedras nos rins) e esses, por si sós, são fatores de risco para a doença renal crônica no futuro.

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Hidratar o corpo é importante!

A falta de uma ingestão maior de líquidos no verão e o aumento da transpiração causam uma desidratação insidiosa e potencialmente lesiva para os rins e, consequentemente, para o adequado funcionamento do cérebro e de todo o organismo. Tanto que, a causa número 1 de desorientação e alterações cognitivas agudas sem motivos aparentes no idoso, é a desidratação.

O hipotálamo – uma de suas funções é a de termostato do corpo e controlador de sede e fome – do idoso é menos sensível às mudanças da temperatura ambiente, levando-o a sentir menos calor que a maioria das pessoas e ter menos sede, o que acaba fazendo o idoso esquecer-se de ingerir líquidos na quantidade que o corpo dele necessita.

É muito frequente testemunharmos idosos dando entrada nas emergências dos hospitais, profundamente desorientados, e que, após a administração de hidratação simples intravenosa, recuperam a sua orientação como um passe de mágica…

E nunca é demais acentuarmos a importância de uma hidratação ótima no idoso, visto que após os 50 anos perde-se naturalmente 1% de função renal ao ano, aproximadamente. E mesmo que o idoso faça uma hidratação perfeita, isso não é uma garantia de que ele não terá doença renal. Porém, a hidratação deficitária garantirá, com certeza, a doença renal crônica.

Fique de olho na água que você consome…

E não basta somente beber qualquer água. A maioria das águas tratadas que saem nas bicas das grandes cidades é ácida, assim como a maioria das águas minerais brasileiras que são vendidas nos supermercados – basta olhar no contra rótulo onde se lê “características físico-químicas” para se encontrar números abaixo de 7,0, que é a medida de neutralidade de acidez. Números abaixo disso significam que a água é ácida, e quanto mais ácidos ingerimos em líquidos e em alimentos, mais trabalho damos para o nosso rim.

Se a água ingerida é ácida, o rim terá que neutralizar esses ácidos para manter o pH do nosso sangue estável em 7,35 (sangue venoso) e 7,45 (sangue arterial), que são os níveis normais.

Portanto, não é por acaso que estamos assistindo a uma epidemia silenciosa de Doença Renal Crônica no Brasil e no mundo.

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Inflamações, pressão, insônia, estado de humor…

No verão acontece outra situação que os pacientes portadores de doenças inflamatórias crônicas autoimunes já conhecem bem: a agravação das inflamações – sejam elas oriundas de doenças reumatológicas ou neurológicas, como as do sistema nervoso periférico (neuropatias), ou mesmo do sistema nervoso autônomo (como a disautonomia, alterações do simpático que causam taquicardia, baixa de pressão arterial ao levantar rapidamente, flutuações na pressão arterial, insônia, fadiga, enxaqueca, alterações da dinâmica urinária e outras alterações funcionais do organismo).

Mas nem só de agravos se vive o verão. Nessa época do ano, há tendências de melhora do estado de humor, das depressões, das insuficiências cardíacas e vasculares periféricas. E quando acontecem paradas cardiorrespiratórias (PCR) no verão, estas são mais facilmente revertidas e têm menores taxas de óbito.

Acupuntura no verão

E no que tange aos tratamentos orientais e de Acupuntura é uma fase do ano em que se utilizam menos agulhas e de forma mais superficial, pois a reação biológica do organismo da maioria das pessoas está mais rápida.

Em Ipatinga e região, onde as temperaturas são altas, não se pode dizer facilmente “viva o Verão”, pelo contrário, o que mais se ouve é “que saudade do inverno”.

Fonte: Portaldaterceiraidade

 

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2 Responses

  1. Mariângela Nunes

    Parabéns pela matéria! Muito boa!

    Eu, como acupunturista, digo que uma das causas do aumento da incidência de cálculos no verão, é que o organismo chegou sobrecarregado de toxinas da estação anterior, neste caso o inverno. No inverno tomamos muitos caldos, chocolates, exageramos na ingestão de gorduras e quando chega a primavera, não lembramos de fazer a desintoxicação adequada. O organismo chegou ao verão intoxicado e agora com o agravante da desidratação. Por isso é necessário fazer uso de alimentos que refrescam e retiram calor do organismo, além de na medida do possível desintoxicar.

    • ACS/AAPI

      Obrigado Mariângela. Eu breve vamos publicar aqui algo sobre seu trabalho. Boa sorte.

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