Cuidados com receitas caseiras

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Nos últimos dias, diversos vídeos nas redes sociais viralizaram com o objetivo de ensinar como fazer misturas para a limpeza doméstica. A justificativa dos “inventores” é que tais composições limpam com mais eficiência e baixo custo financeiro. Por outro lado, recomenda-se muito cuidado com as misturas que podem ter um grande impacto negativo na saúde das pessoas e dos animais domésticos.

Ter álcool e água sanitária para limpeza e desinfecção de ambientes em casa é algo comum. Porém, a mistura desses dois produtos pode resultar na criação de um gás com alto poder de intoxicação, o clorofórmio gasoso. E esse é apenas um exemplo de compostos químicos que podem ser prejudiciais para quem tem o hábito de combinar produtos de limpeza.

Problemas respiratórios.

Raquel Lima, presidente do Conselho Regional de Química do Estado da Paraíba, também usou as redes sociais para manifestar sobre o perigo das misturas de produtos que não provocam uma reação visível. “Existem misturas que liberam compostos que não são percebidos de imediato, mas podem causar danos a longo prazo. Um exemplo é a exposição prolongada a compostos químicos derivados do cloro, que podem levar a problemas respiratórios crônicos”, alertou.

Outra recomendação usual é a utilização do sabão com cloro para lavar banheiro, desde que não misturado com outro produto adicional, caso de detergente desincrustante, porque se transforma numa bomba. O cloro com álcool também pode oferecer riscos à saúde.

Alertas

Outro perigo: não misturar álcool gel com água sanitária. Nunca devem ser misturados porque resulta na formação do ácido muriático e clorofórmio, prejudiciais aos olhos, pele, sistema nervoso, pulmões e até rins e fígado. O clorofórmio, pode levar a perda da consciência, enjoo e até mesmo a morte

Além das orientações que devem constar no rótulo dos produtos de limpeza, a população e os profissionais de saúde também podem contar com o serviço do Disque-Intoxicação, criado pela Anvisa, no número 0800-722-6001. Ele conecta os usuários a uma das 36 unidades da Rede Nacional de Centros de Informação e Assistência Toxicológica (Renaciat) e presta esclarecimentos sobre primeiros socorros e o tratamento adequado para cada tipo de substância tóxica.

 

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