Quase a metade da população brasileira sofre com distúrbios do sono

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Cirurgiã fala ao Portal AAPI sobre as formas de tratamento do ronco e apneia

 

A cirurgiã dentista Sandra Lucia Rodrigues, especialista em odontologia do Sono, concedeu entrevista ao Portal AAPI e falou dos distúrbios que afetam o sono. Dra. Sandra atende nos consultórios conveniados na API e responde também pela Clínica Reabilitar Odontologia e Terapia do Sono.  Ela destacou que dormir bem é essencial para o bom funcionamento do corpo. “O sono é responsável pelo descanso da mente, da musculatura, da respiração e do coração”, disse.

Durante o sono são liberados hormônios que interferem no metabolismo do corpo, tais como o hormônio do crescimento e o hormônio da saciedade. Um sono de má qualidade tem várias implicações para a saúde: aumenta sonolência diurna; reduz memória, atenção e raciocínio, aumenta risco de acidentes automobilísticos; reduz crescimento das cartilagens dos ossos e produção de massa muscular; aumenta chance de ganho de peso e depressão reduzindo, portanto a qualidade de vida.  O Ronco, insônia e apneia obstrutiva do sono são distúrbios responsáveis pelo sono de má qualidade

Distúrbios respiratórios do sono

Os principais distúrbios respiratórios do sono, ronco e SAOS (Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono), são muito prevalentes na população geral, embora se acredite que a maioria dos casos continue não diagnosticada, devemos estar atentos aos principais fatores de risco que favorecem o aparecimento destes distúrbios: Gênero masculino, obesidade, envelhecimento e características crânio faciais. Da mesma forma, a presença de hipertensão arterial sistêmica, enfermidades cardiovasculares e metabólicas deve nos alertar para a possibilidade de concomitância de SAOS.

Ronco

O ronco é o ruído causado pela vibração das estruturas flácidas nas vias aéreas superiores devido ao seu estreitamento habitualmente durante a inspiração. O ronco está presente em cerca de 40% da população com mais de 50 anos de idade. Estudos recentes sugerem que a obesidade central e o tabagismo são determinantes chaves para a intensidade e habitualidade dos roncos.

Apneia

A Apneia (do grego sem ar) do Sono Obstrutiva (ASO) é uma desordem respiratória do sono debilitante definida como uma parada respiratória durante 10 segundos ou mais. Durante o sono os músculos do corpo relaxam, permitindo que os tecidos moles do palato e da garganta e a língua obstruam as vias aéreas. O corpo reage interrompendo o sono profundo, restaurando a respiração normal, mas priva a pessoa de ter uma “boa noite de sono”. A apneia, quando não tratada, pode ser considerada uma doença grave que pode causar problemas cardíacos, pressão alta, infarto do miocárdio e até impotência. Estima-se que, no Brasil, de 27% a 32% dos acidentes de trânsito e de 17% a 19% dos mortos no trânsito são provocados por cochilos dos condutores enquanto dirigem com sonolência diurna excessiva e má qualidade de sono.

Diagnóstico

O diagnóstico da apneia do sono é baseado na história clínica, exame físico e teste de registro do sono (polissonografia). Os sinais e sintomas mais comuns da apneia do sono são roncos, apneias testemunhadas e sonolência excessiva diurna. Nos indivíduos com doenças do coração e hipertensão arterial a busca ativa dos sintomas deve ser realizada. Fatores de risco para apneia do sono: obesidade, língua grande, amigdalas e úvula grande, palato redundante, queixo pequeno, grande circunferência do pescoço (sexo masculino > 42,5 cm e feminino > 37,5 cm), sexo masculino e síndromes genéticas com deformidades craniofaciais evidentes.

Tratamento:

O objetivo do tratamento da apneia do sono é manter a abertura da garganta e prevenir queda da oxigenação do sangue, aumento da pressão arterial e da descarga de adrenalina além de, promover melhora na sonolência diurna e qualidade de vida.

O tratamento da apneia do sono é selecionado baseada em vários fatores, tais como: IAH definido pela polissonografia, grau de queda da oxigenação do sangue e presença de outras doenças associadas, especialmente as doenças do coração. As modificações de fatores de risco devem ser adotadas a todos os portadores de apneia do sono. É recomendado evitar o consumo de álcool e sedativos, perder peso, dormir em decúbito lateral (a posição barriga para cima aumenta a chance de apneia) e com a cabeceira elevada.

O uso de aparelhos intraorais para aumentar a passagem de ar pela garganta e o tratamento de fonoaudiologia para fortalecimento da musculatura que mantém a garganta aberta também podem ser utilizados para tratamento da apneia leve e em casos selecionados de apneia moderada.

Para apneia moderada a acentuada o paciente deve usar o gerador de pressão positiva contínua na via aérea (CPAP) durante o período do sono. O aparelho promove um bombeamento de ar que impede o fechamento da garganta e suas consequências.

As cirurgias para o tratamento da apneia do sono são procedimentos de exceção, apenas indicadas em casos específicos.

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Serviço

Sandra Lucia Rodrigues

Cirurgiã Dentista, pós-graduada em prótese fixa, prótese sobre implante, e dentistica restauradora.

Diretora da Clinica Reabilitar Odontologia e Terapia do sono.

Rua Vinhático 15, sala 504 – Edificio Horto Office – Ipatinga MG

Contatos: (31) 3824-8946 e (31) 9-8770 0832

 

 

 

 

 

 

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